Jogue limpo com você.

Vivemos numa busca incessante pela felicidade e não percebemos que ela é a unificação de todas as pequenas coisas.
A pouco tempo entendi que quem não gosta de cair na rotina tem a SPA (Síndrome do Pensamento Acelerado {Cury}). A SPA nada mais é do que a frequência com que pensamos. Em geral, pensamos demasiadamente – nos problemas, dívidas, filhos, amores, passado. Quando produzimos constantes pensamentos o nosso cérebro gasta toda a energia que tem, e consome toda a glicose do organismo, para que consiga acompanhar o seu ritmo (este é um dos motivos do porque comemos tanto; quando estamos ansiosos há um déficit de glicose em nossas células cerebrais, então o cérebro produz vários tipos de impulsos nervosos para que o organismo saiba que algo está em falta, tudo isto resulta no Pensamento Acelerado, daí a vontade de comer doce, e consequentemente a vir engordar e tudo mais, porque os nossos neurônios ‘alimentam-se’ única e exclusivamente de glicose {aula de bioquímica, minha gente, acho que serviu para algo hahaha}). Quando vamos dormir estamos saturados. Embora, possa pode não ter feito nada, ao final do dia, ainda sim estará fatigado; isto se deve por ter usado muito a sua enorme “massa cinzenta”. Alguns sintomas que o autor discorre em seu livro “O Código da Inteligência” citarei abaixo:

"tem por sintomas mente agitada, acordar cansado, sofrer por antecipação, não contemplar o belo, se concentrar pouco, ter esquecimento, irritabilidade e outros. Segundo o escritor Augusto Cury, a SPA ou Síndrome do Pensamento Acelerado também atinge crianças e adolescentes que são diariamente sobrecarregados com excesso de atividades e informações através de tvs, e outros meios."


Não conseguem ficar um determinado tempo sem se cansar de sua enfadonha vida.
Eu era assim. Aliás, até hoje posso dizer que não suporto a rotina. Mas se eu não suportar a rotina e não fazê-la parecer como algo um tanto bom para mim eu não vou amar a minha própria vida, porque na vida, querendo ou não, faz-se coisas contínuas, rotineiras.
Bom, é lógico que dá para viver sem isso, mas só se você não for um sonhador, não quer ter conquistas, concretizar sonhos, e consequentemente ter responsabilidades.
Agora, para os trabalhadores e estudantes de plantão... Sabemos que não é bem assim. Existem as lutas e esforços diários. E isso acaba se tornando tão maçante. “Amanhã tenho que acordar tal horário, pegar o ônibus pro trampo, fazer as coisas que me foi estabelecido, ir para a facul à noite; e nem sobra tempo para mim!” Na realidade o nosso tempo é este. Uma vez escrevi que “a rotina pode ser a mesma, mas as entrelinhas jamais serão iguais”; a sua vida pode ter sempre as mesmas funções no dia-a-dia mas as entrelinhas e como você irá fazê-las é você quem determina. Não é o seu trabalho ou faculdade que te sufoca, mas é o fato de ser você mesmo porque não aprendeu a conviver com seus medos e frustrações, não conhecem o próprio palco de sua emoção, e nem sabem do quanto são capazes; não existe ousadia e eloquência em pessoas assim: dominadas por elas mesmas.
Enfim! Onde quero chegar é que se nós não pararmos para avaliar como está nossa saúde, física e cognitiva, não iremos perceber do que carecemos. A verdade é que todo mundo tem que ter um tempo consigo mesmo. Avaliar seus atos, seus passos, os seus desejos e sonhos, seus projetos de vida. Na verdade, todos nós temos que ter planos, metas, objetivos – são eles que nos instigam. O que é realmente, é que os sonhos nada mais são do que desafios que impomos a nós mesmos, limites que queremos sempre quebrar, nos superar. A vida é uma constante corrida para chegar ao pódio, ainda que consiga chegar onde quer, se não atingir o pódio no árido solo de sua alma, será uma conquista sem mérito.
O que eu acho mais atraente quando delineamos nossa vida, e mais ainda quando sonhamos, são que esses sonhos não tem um determinado tempo para acontecer e depois expiram, eles são indeléveis, ou seja, não existem prazos de validade, o tempo não destrói porque você constrói, primeiro, as coisas dentro de você.



J. Gilbert :*