E quem falou que iria ser fácil?!

Talvez tudo o que precisamos é de um tempo pra pensar, pra reorganizar as ideias, a vida.
"Hoje sigo errando, errante.
Procurando como se possível fosse, o que só encontro em você."

O que eu quero?
Pra onde quero mesmo seguir?
Porque estou passando por tudo isso?

Preciso de um tempo, tempo para me encaixar na vida novamente.
Preciso deste tempo que insiste em correr de mim, em me deixar aqui parada, esperando pegar fragmentos deste tempo que se dissipa em frente aos meus olhos.
Preciso de um tempo, tempo para recuperar minha essência, lembrar dos meus valores.
Preciso deste tempo que me carregou por lugares estranhos, desconhecidos, e me deixou aqui. Parada. Sozinha.
Tento caminhar, tropeço, caio, sinto que o Tempo me levanta, mas ainda sim sinto-me sozinha, quando a brisa deste Tempo passa por entre os fios de meus cabelos, as curvas de meu corpo, mas logo se vai, e percebo que em segundos, estou aqui. Perdida. Com medo.
Medo do futuro, da solidão, dos riscos que tenho que correr. Medo. Medo das decisões, das indecisões. Medo. Sim, o medo!
Talvez eu consiga realmente seguir sem lembrar-me dos meus medos, inquietações, ansiedades. Mas quando eu sinto saudades de mim e quero conhecer-me mais um pouco, desvendar este mistério que sou eu, percebo que tudo que pensei ter deixado para trás, que tudo que afirmei que não fazia mais parte de mim, está ali. No mesmo lugar, elas só estavam descansando, o Tempo sabia que eu as encontraria novamente. E a minha indagação quando as encontrei foi: Porque? Porque outra vez? Porque o tempo as trouxe de volta? O que eu devo fazer com elas agora?
Mas como que de prache o Tempo passou, e o meu desejo de ter as respostas para todas estas perguntas não foi saciado.
Depois de tudo isso, pus-me a pensar no Tempo, e em conversa comigo tive um breve insight de que talvez não seja o Tempo que aparece e some, mas sim eu, que quando preciso de Tempo lembro-me que Ele está lá, sempre esteve, correndo ao meu lado, talvez eu não consiga acompanhá-lo, porque realmente Ele corre rapidamente, e esteja ficando pra trás, e enquanto o Tempo está no presente me esperando, esperando eu chegar para me mostrar maravilhas, eu continuo aqui. Parada onde o Tempo já passou e então tornou-se passado.


J. Gilbert :*

E se...

E se houvesse outra saída; e se tudo o que fizéssemos pudéssemos voltar atrás e consertar? Ainda assim voltaríamos e faríamos tudo da mesma forma.
Se tivéssemos o total controle sobre nossas ações, talvez hoje não nos martirizássemos. Não sofreríamos as lamúrias de nossos passos insanos e impensados.
Se as nossas escolhas não implicassem à felicidade de alguém seria tudo um ato de sanidade.
Mesmo sabendo que pessoas sairiam machucadas, os impulsos nervos de cada parte do nosso cérebro nos dizia para continuar, no entanto, com os nossos corações pulsando febrilmente não ouvimos as matrizes de nossa memória dizendo que haveria outros dias depois daquele e que tudo poderia mudar.

Talvez tudo tenha mudado, talvez não! Essa é uma das variáveis de nossas vidas: A arte da dúvida. Não nos culparemos por tal ato demasiado, ainda que incoerente.



--/11/2010

J. Gilbert

de volta...

Comecei a apaixonar-me pelas músicas do Coral Kemuel.
Especialmente esta abaixo. Interpretação maravilhosa da Daniela Araújo e seu esposo Leonardo Gonçalves.
Apreciem!!!




(obs. agora que estou de volta e aprendi a postar vídeos aqui, me aguardem haha)